SEBASTIÃO MENDES - UM OLHAR DE MATO GROSSO

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

SEBASTIÃO MENDES

A SERENA INTIMIDADE DO POVO

A sensibilidade artística de Sebastião Mendes é diretamente proporcional à simplicidade da sua obra.

E é nessa simplicidade que Sebastião Mendes faz caber o Universo.

Um Universo real, autêntico, com cheiro de povo, prenhe de suas raízes, e com a identidade do autor.

Em Sebastião Mendes não se podem negar as influências de Portinari, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Mas essas influências ganham cunho e personalidades próprias de quem faz da Arte a sua vida... como se sem a Arte não pudesse viver!

Em Sebastião Mendes há mais do que qualidade artística, há verdadeiramente gênio!

Gênio reconhecido por outro gênio – Pedro D’Alcântara – pintor mineiro, membro da Academia Brasileira de Belas Artes, que prematuramente nos deixou órfãos da sua Arte em julho de 2000. Dizia D’Alcântara: “Esse menino já é um gênio da Arte Brasileira. Temos de o pôr na Academia quando chegar a hora”.

Sebastião tem a humildade, a prudência e a paciência dos gênios. Sabe esperar a hora!

O Grande musicólogo mineiro Abel Santos, radicado em Cuiabá diz dele: “Sebastião parece mais mineiro que eu. Come qu’éto, mas chega sempre onde quer chegar”.

É por isso que como colega de Arte e amigo não me sinto minimamente constrangido em afirmar que muito me honra a sua amizade, e que agradeço o muito que aprendo com tão insigne mestre, na arte de olhar, sentir o povo de sua terra, e de estar na Arte sem buscar ser maior que a sua própria Arte.

FRANCISCO CHARNECA
Acadêmico Livre n° 15
Academia Brasileira de Belas Artes


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